Li a entrevista feita pelo jornal i a José Rafael Espirito Santo, Líder da Opus day, e fiquei enojado... vejam aqui algumas das perguntas e respostas.
(jornal i)Agora que está sobre a mesa o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, o Opus Dei vai adoptar algum combate para defender a sua posição?
(José Rafael Espirito Santo)O Opus Dei faz parte da Igreja e é um dos instrumentos pelos quais a Igreja leva a cabo a sua missão. Portanto não há uma posição que seja diferente - o que se faz é seguir o que dizem os bispos. Não há propriamente uma tomada de posição. O que se ensina é a doutrina da Igreja para que os cristãos, que são membros de uma sociedade, saibam depois defender os seus pontos de vista e ir ao encontro da boa vontade que está nas outras pessoas. Para que se abram à verdade no que diz respeito ao amor humano, por exemplo, nesse caso.
(The Unfurry Swear Bear)Esta ultima frase quer dizer o quê? que duas pessoas do mesmo sexo não se podem amar? A verdade é que PODEM, e um coitado como o senhor não tem pelos vistos nenhuma ideia sobre o que é o amor.
(Jornal i) Porque é que duas pessoas do mesmo sexo não podem casar civilmente?
(JRES)O que é o casamento? Temos que começar a ver isso - o que significa o casamento como instituição natural - e é a partir daí que têm de se tirar as conclusões. Não podemos identificar o direito com a moral, o direito não pode obrigar as pessoas a serem boas. Mas tem de regular as relações entre as pessoas na sociedade para defender o bem comum. Portanto, não se identificando com a moral, tem também de mostrar uma orientação do ponto de vista dos valores. É uma questão que tem de ser debatida na sociedade sem ir atrás de slogans muitas vezes superficiais, indo ao fundo da questão, sem ter preconceitos.
(TUSB) "instituição natural" o que é que isto quererá dizer? e depois falar de moral, e de pessoas serem boas? será que está a dizer que os homosexuais são pessoas más? e o bem comum não abrange as famílias homosexuais? Slogans superficiais não são as famílias que existem e sofrem de falta de protecção mas as doutrinas caducas recitadas "ad nauseum".
(Jornal i)Parece irónico falar assim de preconceito... não é a Igreja que tem preconceitos nesta questão?
(JRES)Não, é precisamente o contrário. Para olhar para esta questão de modo objectivo há que não ter preconceitos. Isso faz com que as pessoas saibam olhar para a pessoa humana, para a natureza, para ver como é o homem no seu ser natural, e não ter preconceitos. Repare: temos de ter essa capacidade de estar ao lado de quem tem problemas, e ajudar.
(TUSB)Quando não se tem resposta, juntam-se palavras que não fazem sentido e manda-se para o ar com ar superior à espera que sirvam... Mas também só falta dizer que temos problemas mentais...
(Jornal i)Em Portugal, país em que a Constituição define um Estado laico, esta questão antes de ser religiosa não é de igualdade de direitos civis?
(JRES) É uma questão de perspectiva da pessoa humana. Igualar direitos civis, tudo bem, mas o que significa essa igualdade? Estar a tratar de maneira igualitária situações que são diferentes é uma injustiça.
(TUSB) Injustiça é eu não poder escolher com quem caso, é eu ou o meu companheiro não termos protecção no caso de acontecer alguma coisa um ao outro, ou mesmo que façamos um testamento que este leve anos nas barras dos tribunais...
(Jornal i) Que papel têm as mulheres no Opus Dei?
(JRES) As mulheres têm o mesmo papel que os homens e têm mais um, que faz com que ainda sejam mais importantes no Opus Dei - é exactamente por serem mulheres que têm essa capacidade de cuidarem da casa. Toda a mulher tem uma vocação para mãe e dona de casa, mesmo que não seja mãe na prática. Têm uma sensibilidade especial para isso.
(TUSB) Pelo menos o gajo é consistente nos seus preconceitos...
Por fim...
(Jornal i)É como a bondade. Há muitas boas pessoas que não são religiosas....
(JRES) Sim, mas se acreditassem em Deus seriam muito melhores.
(TUSB) Não preciso de acreditar em Deus para ser boa pessoa, não acredito que seguir as regras da igreja católica me tornasse melhor, muito pelo contrário. Seguir doutrinas cegamente leva à desumanização e falta de bom senso. Amor é amor, não há amor de segunda ou de terceira categoria, assim como não deve haver pessoas com menos direito, e de segunda ou terceira categoria.
Acho que para uma pessoa que supostamente é apologista do amor, recore muito ao ódio, preconceito e disciminação. Mas a hipocrisia nunca foi motivo de vergonha no meio de essa gentinha...
terça-feira, junho 16, 2009
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
3 comentários:
Caro Swear
o que esperavas tu de um tipo da Opus Dei? Milagres? Eles se calhar até acreditam que sim, coitados.
Nojento!!!
Abraço.
Isso saiu no Sábado, li enquanto bebia café ao lado de alguns católicos e fico contente por tal como eu terem encontrado o patético das citações desse homem! Incrível!
Enfim, enfim, enfim… Essa bondade da igreja que quer a todo o custo mudar os homossexuais para os poderem salvar da perdição! Tão altruístas que eles são!! Antes ser infeliz e enganar toda a gente vivendo no mentira que amar quem se ama. Pensei que amar não era pecado mas pelos vistos temos de escolher quem amamos e mentir para não pecar. Mas espera, se mentirmos e enganarmos as pessoas e a nós próprios também é pecado e vamos arder no inferno. Por outro lado se amarmos uma pessoa do mesmo sexo também vamos arder no inferno. Uau que religião tão justa esta tantas alternativas aliciantes! Ouvi dizer que também é muito dispendioso para os crentes. E quem for padre pode ser pedófilo e violar criancinhas porque ai já não é pecado! Quero muito ser católico onde é que se assina o contracto?
Enviar um comentário